sábado, 6 de fevereiro de 2010

Cruzeiro entra sem 4 titular


Embalado pela goleada de 7 a 0 aplicada sobre o Real Potosí na última quarta-feira, o Cruzeiro retorna à 'realidade' neste sábado, quando terá pela frente o Villa Nova, às 17 horas (de Brasília), no estádio do Mineirão, em confronto válido pela terceira rodada do Campeonato Mineiro. Depois de cumprir sua missão ante os bolivianos e se classificar à fase de grupos da Copa Libertadores, a Raposa entrará em campo diante do alvirrubro utilizando um 'time misto'.

"Estamos adotando essa política pelo no terceiro ano em função de algumas situações que a gente acha importantes para suportar a carga até a Copa do Mundo. Não vejo problema e teremos um time competitivo", afirmou Adílson Batista, antes de destacar a necessidade de revezar a equipe neste início de temporada. "Todo dia temos que crescer e evoluir. Os adversários vão mudando, a competição e os objetivos também. Daqui a pouco, os jogos passam a ser mais duros e a exigência será maior. Então, a gente tem que se preparar para melhorar."

Dessa forma, quatro titulares do clube celeste serão poupados pelo treinador: o volante Henrique, o meia Gilberto, que não atuou na quarta-feira diante dos bolivianos, e os atacantes Kleber e Thiago Ribeiro. O pensamento de Adílson é ter os jogadores nas suas melhores condições para a próxima quarta-feira, quando a Raposa estreia na fase de grupos da Libertadores contra o Vélez Sarsfield, em Buenos Aires.

Dentro do Campeonato Mineiro, o Cruzeiro busca a reabilitação após sofrer um duro revés. No último sábado, os reservas do clube celeste perderam para o Ipatinga por 3 a 0, em uma atuação soberana dos rivais. Para evitar outro resultado inesperado, Adílson Batista relacionou para o duelo nomes como Fábio, Leonardo Silva, Marquinhos Paraná e Wellington Paulista, um dos grandes destaques diante do Potosí.

Outro que estará em campo neste sábado no Mineirão é o zagueiro Cláudio Caçapa. Contratado para ser titular na equipe, o defensor de 33 anos não conseguiu se firmar e serve como uma opção para Batista. Dessa forma, o jogador mostrou-se motivado a convencer o comandante do contrário.

"Tento mostrar a cada jogo que tenho condições de ajudar o grupo. Jogar ou não vai depender do Adilson, já que é ele que escala a equipe. Procuro aproveitar as chances que ele vem me dando no Campeonato para ter uma seqüência de jogos", disse Caçapa, que deverá começar no banco de reservas. Gil e Leonardo Silva deverão ser os titulares, que terão a responsabilidade de defender um grande tabu.

O Cruzeiro defende uma escrita de 11 anos sem perder do Villa Nova no Mineirão. A última derrota da Raposa ocorreu no dia 28 de fevereiro de 1999, em confronto válido pela Copa dos Campeões Mineiros. Desde então, as duas equipes entraram em campo 14 vezes, que renderam sete vitórias dos celestes e sete empates.

Ao longo da história, Cruzeiro e Villa Nova disputaram 228 confrontos, com 112 vitórias da Raposa, 71 empates e 45 triunfos do Leão do Bonfim. As duas equipes possuem também o recorde de público na história do futebol de Minas Gerais. Na decisão do estadual de 1997, vencido pelos celestes por 1 a 0 (gol de Marcelo Ramos), os times levaram 132.814 torcedores ao Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão.

Tupi x Caldense completam sábado de futebol em MG - No mesmo horário em que Cruzeiro e Villa Nova duelam no Mineirão, o Tupi recebe a Caldense para subir na tabela de classificação da competição. Com três tentos somados até então, a equipe de Juiz de Fora necessita da vitória para seguir na parte de cima da tabela.

Em contrapartida, a Caldense tem dois pontos somados e busca o triunfo para evitar uma aproximação da zona de rebaixamento. Após dois empates sem gols na temporada, a expectativa do elenco é superar o Tupi neste sábado e embalar no Mineiro.

"A equipe vem evoluindo bastante nos últimos jogos. A vitória é o objetivo que buscamos e merecemos muito. Estamos a um passo dela. Vamos seguir confiantes no resultado positivo", afirmou o lateral esquerdo Raniery.

Confira a 3ª rodada completa do Campeonato Mineiro:

Sábado
17 horas - Tupi x Caldense
17 horas - Cruzeiro x Villa Nova

Domingo
10h30 - Uberlândia x Uberaba SC
10h30 - Ituiutaba x Democrata
11 horas - América-TO x América-MG
17 horas - Atlético-MG x Ipatinga

FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO x VILLA NOVA

Local: Estádio Governador Magalhães Pinto, em Belo Horizonte (MG)
Data: 6 de fevereiro de 2010, sábado
Horário: 17 horas (de Brasília)
Árbitro: Cleisson Veloso Pereira
Assistentes: Márcio Eustáquio Santiago (FIFA) e Marcus Vinícius Gomes

CRUZEIRO: Fábio; Jonathan, Leonardo Silva, Gil e Diego Renan; Elicarlos, Fabinho, Marquinhos Paraná e Bernardo; Guerrón e Wellington Paulista
Técnico: Adílson Batista

VILLA NOVA: Rafael Cordova; Serginho, João Júnior, Bruno Lourenço e Jesiel; Leandro Paraná, Luiz Ricardo, João Paulo e Wander; Allan e Warley
Técnico: Flávio Lopes

Roger ja agrada elenco


Apresentado como novo jogador do Cruzeiro, o meia Roger chega com moral com os companheiros. Embora só vá treinar com os demais atletas a partir de terça-feira, a primeira impressão do goleiro Fábio e do atacante Wellington Paulista foi positiva.

Fábio acredita que a manutenção de muitos jogadores desde 2008 tornará mais fácil a adaptação do novo meia. “Ainda não tivemos contato com o Roger, mas o grupo sempre recebe muito bem todos os atletas que são contratados, é um grupo bastante amigável e isso favorece bastante para que o trabalho seja desenvolvido da melhor forma possível”, disse.

“Com o Roger não vai ser diferente, ele vai ter a ajuda de todos para que ele possa o mais rápido entrar na forma ideal e esteja com o elenco nas competições que vamos disputar”, acrescentou.

Roger chegou ao Cruzeiro nesta quinta-feira e assinará contrato por três anos. Nesta sexta-feira, ele realizará exames cardíacos, enquanto na segunda-feira tratará de questões particulares. Assim, a partir de terça-feira, o meia se junta ao elenco cruzeirense para os treinamentos comandados pelo técnico Adilson Batista.

O atacante Wellington Paulista poderá, no Cruzeiro, atuar pela primeira vez ao lado de Roger. “Eu o conheço de ver jogar. Sei da qualidade, todo mundo sabe do potencial e da qualidade que ele tem. Veio para ajudar a gente, veio para somar, então esperamos que possa nos ajudar para que a gente tenha um time ainda mais forte do que já tem”, destacou.

Já o goleiro Fábio teve diversos confrontos com o novo contratado. “Já o enfrentei várias vezes, desde a época do Vasco, ele pelo Fluminense. É um jogador que sempre se destacou. Apareceu muito jovem, aproveitou as oportunidades, foi campeão em várias equipes. Então a gente espera que ele chegue com o pensamento de nos ajudar, porque, com certeza, ele vai ter o apoio de todos os jogadores do Cruzeiro”, ressaltou.

Entre os jogadores do atual elenco do Cruzeiro, Roger jogou ao lado do atacante Soares, no Grêmio, e do volante Fabrício, no Corinthians. Ele pôde assistir à vitória por 7 a 0 sobre o Real Potosí, na quarta-feira, e em sua apresentação destacou a força da equipe. “O Cruzeiro jogou muito bem, com muitas inversões de jogo, troca de posições. Espero me encaixar bem”, afirmou.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Agora é pra valer


O triunfo do Cruzeiro diante do Santo André, nesta quarta-feira, no Mineirão, empolgou até os torcedores mais descrentes na ascensão do clube no Campeonato Brasileiro. Foi a quinta vitória consecutiva da equipe, e jogando sem a dupla de zaga titular e sem o artilheiro Wellington Paulista.

“Vitória para dar moral. Um jogo sofrido, muita gente já não acreditava depois que sofremos a virada no segundo tempo, mas nosso time é forte, o Adílson é um excelente treinador e fez essa vitória para a gente”, desabafou o lateral Jonathan.

O experiente goleiro Fábio ressaltou a superação do grupo, que segue na briga na ponta da tabela. “Nós tivemos oportunidades no primeiro tempo. No segundo tempo fizemos, achamos que estava resolvido, o Santo André conseguiu a virada, tivemos que sobressair, em todos os aspectos e graças a Deus deu tudo certo e conseguimos a virada. A superação dos jogadores tem que ser citada. Brigamos até o final e graças a Deus deu tudo certo e conseguimos os três pontos”.

O estreante Eliandro entrou no segundo tempo e marcou o segundo gol celeste. Foi o primeiro tento dele como profissional do Cruzeiro. No fim do jogo, o garoto era só alegria. “Fruto do trabalho, fruto de paciência. Este gol foi para me dar confiança e tirar todo o medo e insegurança”

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Agora perto do G-4


O Cruzeiro levou a melhor no clássico do Dia das Crianças, o último do ano, nesta segunda-feira, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro. O time celeste aproveitou o começo efetivo, quando entrou mais ligado em campo, para fazer o gol que decretou o triunfo sobre o arquirrival Atlético, por 1 a 0. Wellington Paulista balançou a rede, logo aos 11min de partida. Na etapa final, o Galo pressionou, partiu para cima, mas não conseguiu chegar ao empate.

Com o resultado, o Cruzeiro manteve a fase de ascensão na competição, subindo para o sétimo lugar, com 42 pontos, diminuindo a diferença para o Atlético. O time alvinegro foi ajudado pelos resultados da rodada e fechou a rodada ainda no grupo dos quatro melhores, o chamado G-4. Mas deu brecha para a aproximação de adversários perigosos como a própria equipe celeste e e o Flamengo.

O Atlético terá de buscar a reabilitação como visitante, na próxima rodada. O time alvinegro enfrentará um concorrente direto na briga pelo título e pela vaga no G-4, o São Paulo, sábado que vem, no Morumbi. No dia seguinte, o Cruzeiro pegará o Botafogo, no Mineirão, com a chance de subir mais posições na tabela.

O jogo

Tarde de muito sol e calor em Belo Horizonte, aquecendo ainda mais as torcidas para o clássico. Em campo, o jogo também começou a todo o vapor. Mas com o Cruzeiro melhor, tomando a iniciativa. Marcando firme no meio-campo e partindo em velocidade para o ataque, procurando sempre Thiago Ribeiro, pela direita. O Galo, lento, tinha dificuldade para impedir as subidas dos meias celestes.

A primeira chance foi logo aos 5min. Henrique mandou a bola para a área, a zaga alvinegra parou e Thiago Ribeiro cabeceou na saída de Carini, mas para fora. O Cruzeiro estava mais bem posicionado, investindo na saída rápida e também impedindo que o Atlético fizesse o mesmo pelas laterais. Tanto que Carlos Alberto e Thiago Feltri eram pouco acionados.

Por merecimento, o Cruzeiro saiu em vantagem. Aos 11min, Thiago Heleno escapou pela direita e cruzou na medida para Wellington Paulista, livre, desviar de cabeça para as redes. Novamente, a zaga alvinegra ficou só olhando. Na sequência, Rentería, que teve um começo confuso, apelando para as jogadas desleais, girou e obrigou Fábio a fazer a primeira defesa.

A partir dos 15min, o jogo ficou equilibrado. O Atlético corrigiu algumas falhas de marcação e passou a sair mais pelas laterais, principalmente com Carlos Alberto. Mas faltava acertar o cruzamento. O Cruzeiro, até pela alta temperatura, diminuiu o ritmo e priorizou o combate pelo meio-campo. Ainda assim levava perigo pelos lados, como em lance de Jonathan, que foi lançado na direita e chutou sem direção.

Pouco depois, Wellington Paulista aproveitou o espaço dado pelos alvinegros, girou sobre a marcação e também isolou a bola. Foi o último lance do cruzeirense, que deixou o campo contundido, substituído por Guerrón. Do lado atleticano, o time tentava se soltar mais pelas laterais. Carlos Alberto passava com facilidade, mas não levava sorte nos cruzamentos. E quando concluiu, Fábio apareceu de forma espetacular para evitar o empate.

Recuo e pressão

O Cruzeiro voltou para o segundo tempo sem Gilberto. O técnico Adílson Batista trocou o camisa 10 por mais um volante, Elicarlos. O objetivo era reforçar a marcação no meio-campo, deixando Guerrón e Thiago Ribeiro abertos. Entretanto, o time celeste recuou demais e o Atlético aproveitou para partir com tudo. Ao contrário da primeira etapa, os volantes alvinegros jogavam no campo de defesa celeste. Aos 9, Evandro fez bom passe a Thiago Feltri, que invadiu a área e chutou para outra boa defesa de Fábio.

Aos 15, o treinador cruzeirense mexeu novamente, sacando Thiago Ribeiro para a entrada de Leandro Lima. Com apenas um homem na frente, o time celeste deu brecha para o técnico Celso Roth investir no ataque. Aos 19, ele trocou Rentería e Evandro por Alessandro e Pedro Oldoni, respectivamente. O Galo passou ao 4-3-3 e deixou clara a intenção de explorar o jogo aéreo, partindo das laterais. Só que a torcida não gostou. Queria ver em campo Ricardinho e chamou Roth de “burro”.

O Atlético passou a dominar o jogo e já merecia até o empate. Mas os cruzamentos eram bem interceptados pela defesa do Cruzeiro. O time celeste, aliás, sumiu em campo. Estava muito recuado e pouco ameaçava o Galo. Aos 30, Celso Roth atendeu aos torcedores, escalando Ricardinho na vaga de Márcio Araújo.

O Galo cresceu ainda mais no toque de bola, porém a defesa celeste continuava levando a melhor. Aos 38, Pedro Oldoni girou e chutou com perigo, à esquerda de Fábio. O tempo foi passando e, aos poucos, aliviada, a torcida celeste cantou feliz. Aos atleticanos, faltou competência para transformar a superioridade em gol. Mas restou o consolo de o time ter se mantido na briga.