Será que dessa vez sai o patrocínio

A goleada do Cruzeiro sobre o rival Atlético-MG, por 5 a 0, repetindo o placar do primeiro jogo da final do Mineiro de 2008, não foi a única surpresa apresentada pela equipe celeste. Ao contrário das últimas partidas, o uniforme dos jogadores exibia a logomarca de um patrocinador: o grupo EMS. Às costas da camisa, estava estampada a marca Energil C. De acordo com o diretor de marketing do Cruzeiro, Antônio Claret, este patrocínio foi fechado na noite da última sexta-feira e vale para os dois jogos da decisão do estadual. Isso significa que o time celeste voltará a campo, no próximo domingo, quando pode perder por até quatro gols de diferença, que ainda será campeão, com o mesmo patrocinador no uniforme. "Nós tivemos a primeira oferta em conjunto com o Atlético, não deu negócio, porque o Atlético não aceitou, mas evidentemente, nós trabalhamos junto com o presidente Zezé Perrella e na sexta-feira à noite nós fechamos um acordo com a EMS", revelou Claret. Segundo ele, a EMS é o laboratório que fabrica o Energil C. "Eles vão estar com a gente pelo menos nestes dois jogos da final", acrescentou. Antônio Claret se referiu à proposta conjunta feita a Cruzeiro e Atlético pelo banco BMG para patrocinar os dois finalistas do Mineiro. De acordo com o presidente celeste, Zezé Perrella, a instituição financeira ofereceu R$ 450 mil a cada clube. Só que os dois tinham de aceitar. O Cruzeiro topou, mas o Atlético não, o que inviabilizou o negócio. O BMG, presidido por Ricardo Guimarães, ex-presidente atleticano, patrocinou então o trio de árbitros. O diretor de marketing do Cruzeiro revelou que o clube continua trabalhando e analisando algumas situações de mercado na expectativa de iniciar o Brasileiro já com um patrocinador. "Temos algumas propostas de empresas, mas nada fechado ainda", comentou Antônio Claret, que espera que o bom papel nas finais do Mineiro, já que começou com goleada de 5 a 0, ajude nessa situação. O presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella, por sua vez, considera fundamental que o clube feche um contrato de patrocínio para o Brasileiro. Segundo ele, isso ajudaria, por exemplo, a manter até o final do ano todos os jogadores do atual elenco, sem negócios na "janela" de transferência internacional do meio do ano.