terça-feira, 13 de outubro de 2009

Agora perto do G-4


O Cruzeiro levou a melhor no clássico do Dia das Crianças, o último do ano, nesta segunda-feira, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro. O time celeste aproveitou o começo efetivo, quando entrou mais ligado em campo, para fazer o gol que decretou o triunfo sobre o arquirrival Atlético, por 1 a 0. Wellington Paulista balançou a rede, logo aos 11min de partida. Na etapa final, o Galo pressionou, partiu para cima, mas não conseguiu chegar ao empate.

Com o resultado, o Cruzeiro manteve a fase de ascensão na competição, subindo para o sétimo lugar, com 42 pontos, diminuindo a diferença para o Atlético. O time alvinegro foi ajudado pelos resultados da rodada e fechou a rodada ainda no grupo dos quatro melhores, o chamado G-4. Mas deu brecha para a aproximação de adversários perigosos como a própria equipe celeste e e o Flamengo.

O Atlético terá de buscar a reabilitação como visitante, na próxima rodada. O time alvinegro enfrentará um concorrente direto na briga pelo título e pela vaga no G-4, o São Paulo, sábado que vem, no Morumbi. No dia seguinte, o Cruzeiro pegará o Botafogo, no Mineirão, com a chance de subir mais posições na tabela.

O jogo

Tarde de muito sol e calor em Belo Horizonte, aquecendo ainda mais as torcidas para o clássico. Em campo, o jogo também começou a todo o vapor. Mas com o Cruzeiro melhor, tomando a iniciativa. Marcando firme no meio-campo e partindo em velocidade para o ataque, procurando sempre Thiago Ribeiro, pela direita. O Galo, lento, tinha dificuldade para impedir as subidas dos meias celestes.

A primeira chance foi logo aos 5min. Henrique mandou a bola para a área, a zaga alvinegra parou e Thiago Ribeiro cabeceou na saída de Carini, mas para fora. O Cruzeiro estava mais bem posicionado, investindo na saída rápida e também impedindo que o Atlético fizesse o mesmo pelas laterais. Tanto que Carlos Alberto e Thiago Feltri eram pouco acionados.

Por merecimento, o Cruzeiro saiu em vantagem. Aos 11min, Thiago Heleno escapou pela direita e cruzou na medida para Wellington Paulista, livre, desviar de cabeça para as redes. Novamente, a zaga alvinegra ficou só olhando. Na sequência, Rentería, que teve um começo confuso, apelando para as jogadas desleais, girou e obrigou Fábio a fazer a primeira defesa.

A partir dos 15min, o jogo ficou equilibrado. O Atlético corrigiu algumas falhas de marcação e passou a sair mais pelas laterais, principalmente com Carlos Alberto. Mas faltava acertar o cruzamento. O Cruzeiro, até pela alta temperatura, diminuiu o ritmo e priorizou o combate pelo meio-campo. Ainda assim levava perigo pelos lados, como em lance de Jonathan, que foi lançado na direita e chutou sem direção.

Pouco depois, Wellington Paulista aproveitou o espaço dado pelos alvinegros, girou sobre a marcação e também isolou a bola. Foi o último lance do cruzeirense, que deixou o campo contundido, substituído por Guerrón. Do lado atleticano, o time tentava se soltar mais pelas laterais. Carlos Alberto passava com facilidade, mas não levava sorte nos cruzamentos. E quando concluiu, Fábio apareceu de forma espetacular para evitar o empate.

Recuo e pressão

O Cruzeiro voltou para o segundo tempo sem Gilberto. O técnico Adílson Batista trocou o camisa 10 por mais um volante, Elicarlos. O objetivo era reforçar a marcação no meio-campo, deixando Guerrón e Thiago Ribeiro abertos. Entretanto, o time celeste recuou demais e o Atlético aproveitou para partir com tudo. Ao contrário da primeira etapa, os volantes alvinegros jogavam no campo de defesa celeste. Aos 9, Evandro fez bom passe a Thiago Feltri, que invadiu a área e chutou para outra boa defesa de Fábio.

Aos 15, o treinador cruzeirense mexeu novamente, sacando Thiago Ribeiro para a entrada de Leandro Lima. Com apenas um homem na frente, o time celeste deu brecha para o técnico Celso Roth investir no ataque. Aos 19, ele trocou Rentería e Evandro por Alessandro e Pedro Oldoni, respectivamente. O Galo passou ao 4-3-3 e deixou clara a intenção de explorar o jogo aéreo, partindo das laterais. Só que a torcida não gostou. Queria ver em campo Ricardinho e chamou Roth de “burro”.

O Atlético passou a dominar o jogo e já merecia até o empate. Mas os cruzamentos eram bem interceptados pela defesa do Cruzeiro. O time celeste, aliás, sumiu em campo. Estava muito recuado e pouco ameaçava o Galo. Aos 30, Celso Roth atendeu aos torcedores, escalando Ricardinho na vaga de Márcio Araújo.

O Galo cresceu ainda mais no toque de bola, porém a defesa celeste continuava levando a melhor. Aos 38, Pedro Oldoni girou e chutou com perigo, à esquerda de Fábio. O tempo foi passando e, aos poucos, aliviada, a torcida celeste cantou feliz. Aos atleticanos, faltou competência para transformar a superioridade em gol. Mas restou o consolo de o time ter se mantido na briga.

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